segunda-feira, 30 de abril de 2012

CARACTERÍSTICAS


Pêlo macio; atarracado, de estatura bastante baixa, largo poderoso e compacto. Cabeça maciça, bastante larga em proporção ao tamanho. A face é curta; focinho largo, grosso e inclinado para cima. Corpo curto, bem ajustado, sem tendência à obesidade . Membros fortes, sólidos, bem musculosos e em muito boa condição. Posterior alto e forte e de algum modo, mais leve em comparação com o dianteiro pesado. Fêmeas não são tão grandes ou bem desenvolvidas quanto os machos.

Nariz e narinas de bom tamanho, largas e pretas, jamais de cor fígado, vermelha ou marrom. A ponta da trufa é bem colocada para trás em direção aos olhos. Entre as narinas grandes, largas e abertas, com uma linha vertical bem definida.
Focinho: curto, largo, curvando-se para cima e muito profundo do canto do olho ao canto da boca. As rugas do focinho não devem interferir com suas linhas de inclinação. Lábios: grossos, largos, pendentes e muito profundos, cobrindo completamente as laterais da mandíbula e sem cobrir a frente. Na frente, os lábios se unem cobrindo inteiramente os dentes.
Maxilares / Dentes: maxilares largos, maciços e quadrados. A mandíbula se projeta consideravelmente para a frente do maxilar superior e curvando-se para cima. Maxilares largos e quadrados com 6 incisivos pequenos entre os caninos inseridos regularmente em uma linha reta. Caninos bem separados. Dentes grandes e fortes, nunca devem ser vistos com a boca fechada. Quando vista de frente, a mandíbula deve se juntar direta e paralelamente ao maxilar superior.
Bochechas: bem arredondadas e estendidas além de cada lado dos olhos. Olhos: vistos de frente, inseridos baixos no crânio, bem separados das orelhas. Olhos e stop numa mesma linha reta em um ângulo reto do sulco frontal. Bem separados, mas seus contornos externos ficam no interior das bochechas. Redondos, de tamanho moderado, nem inseridos profundamente nem proeminentes. De cor muito escura, quase preta, sem mostrar o branco quando olhando diretamente para a frente. Livre de óbvios problemas oculares.
Orelhas: inseridas altas; a borda anterior de cada orelha (vista de frente) se junta ao contorno do crânio no ângulo superior, de maneira que as orelhas fiquem bem separadas, mais altas e o mais distantes possível dos olhos. Pequenas e finas. Orelhas em rosa é correto, quer dizer, dobradas para dentro na sua parte posterior, a borda anterior superior se curva para o exterior e para trás, mostrando a parte interna do ouvido.

 
PESCOÇO
De comprimento moderado (mais para curto do que longo), muito grosso, profundo e forte. Bem arqueado atrás, com muita pele solta, grossa e enrugada na garganta, formando barbela de cada lado, da mandíbula até o peito.

TRONCO
Linha superior: ligeiramente caída para trás, atrás dos ombros (parte mais baixa), de onde a coluna vertebral se direciona para o lombo (ponto mais alto que o ponto dos ombros), descendo, de novo, bruscamente, até a cauda, formando um arco (chamado roach-back), característica típica da raça.
Dorso: curto, forte, largo nos ombros, comparativamente mais estreito no lombo.
Peito: largo, lateralmente redondo, proeminente e profundo. Costelas bem arqueadas para trás. Peito com boa capacidade, redondo e muito profundo do topo dos ombros até a parte mais baixa onde é bem junto ao peito. Bem descido entre as pernas dianteiras. Seu diâmetro é largo, redondo atrás dos membros dianteiros (não é plano), costelas bem redondas.
Ventre: esgalgado, não pendente.
CAUDA
inserida baixa, saliente e reta, depois inclinando para baixo. Redonda, lisa, sem franjas ou pêlos ásperos. De comprimento moderado, mais curta do que longa, espessa na raiz, afilando para a ponta. Portada baixa (não tem uma curva para cima, na ponta), nunca portada acima do dorso.
MEMBROS
Anteriores: robustos e fortes, bem desenvolvidos, bem separados, grossos, musculosos e retos. Apresentam um contorno arqueado, mas os ossos das pernas são fortes e retos, nem arqueados nem tortos; curtos em proporção às pernas posteriores, porém não tão curtos a ponto de o dorso parecer longo ou de prejudicar a atividade do cão e de incapacitá-lo.Ombros: largos, oblíquos e profundos, muito poderosos e musculosos dando a aparência de serem unidos ao corpo.
Cotovelos: longos e colocados bem longe das costelas.
Metacarpos: curtos, retos e fortes.
Posteriores: longos e musculosos, proporcionalmente mais longos do que os anteriores a fim de elevar o lombo. Perna longa e musculosa do lombo aos jarretes curtos, retos e fortes na parte de baixo.
Joelhos: redondos e virados ligeiramente para fora, longe do corpo. Patas: retas e viradas ligeiramente para fora, de tamanho médio e moderadamente redondas. Patas posteriores redondas e compactas. Dedos compactos e grossos, bem separados, fazendo salientar as juntas que são altas.

MOVIMENTAÇÃO
Particularmente pesada e contraída, parecendo andar a passos curtos e rápidos, na ponta dos dedos. As patas posteriores não se elevam muito, parecendo raspar o chão. Quando o cão se movimenta rapidamente, um ou outro ombro avança.

Pêlo: de textura fina, curto, fechado e liso (duro unicamente por ser curto e fechado, mas não de arame).
Cor: unicolor (de uma só cor com máscara preta ou focinho preto). Somente unicolor (que deve ser brilhante e puro); vermelho em suas diferentes tonalidades, fulvo, marrom claro, etc; branco e tigrado (combinação de branco com qualquer das cores precedentes). As cores fígado, preto e preto com marrom são altamente indesejáveis.

PESO
Machos: 25 kg.
Fêmeas: 23 kg.

PERSONALIDADE

Os cachorros da raça Bulldog Inglês (English Bulldog) têm uma personalidade muito forte, caracterizada pelo seu jeito independente, dócil e preguiçoso. Com um temperamento maravilhoso, este cão reune diversas qualidades. A primeira vista sua fisionomia pode parecer de um cão bravo, mas a última coisa que um bulldog é, é agressivo.
Esses cães são realmente extraordinários, de índole extremamente afetuosa, são fiéis, calmos e muito companheiros. Uma ótima opção para àqueles que buscam um animal de estimação para seus filhos ou para criar em espaços pequenos. A raça não é para quem procura um cachorro atleta ou cão de guarda, são animais que não resistem a longas caminhadas e temperaturas altas.
O bulldog inglês tem um padrão anatomico todo diferente, seu focinho curto dificulta sua respiração, consequentemente é um cão que fica cansado rápido. O seu programa favorito, com certeza, é ficar deitado em um sofá bem confortável, dormindo por um bom período do dia. Um ponto importante, também devido ao seu fucinho curto, são os barulhos e roncos que o bulldog faz, principalmente ao dormir, mas fora isso é um cão muito silencioso que praticamente não late.
Essa raça é muito popular, mas nem sempre acessível a todos, os preços geralmente são altos para se obter um bulldog. Um dos motivos que leva ao preço salgado é que a reprodução é difícil, são necessários vários cuidados durante o acasalamente e parto. Os machos têm dificuldade de cobrir a fêmea, e a fêmea tem difilculdade no parto normal devido ao desproporcional tamanho entre seu quadril e a cabeça dos filhotes.
Já faz mais de um século que a popularidade do bulldog vem crescendo. Sem nenhum traço de agressividade, é o cão ideal para se relacionar bem com toda a família. Adora brincadeiras e ficar junto aos donos, mas conforme vai ficando mais velho sua independência vai aumentando junto com sua teimosia. Muitas vezes não tem nenhum interesse em obedecer seu dono, optando por ficar quieto no seu canto, as vezes até de mau humor, chegando a ficar minutos de frente para a parede ( e de costas para o dono). Apesar do bulldog não obedecer sempre aos comandos, trata-se de uma raça muito higiênica e comportada. Uma vez que aprendeu onde devem ser feitas as suas necessidades e onde ele não deve mexer, pode ficar certo que ele cumprirá essas regras.

A HISTÓRIA

Bondogge ou Bolddogge, mais tarde Banddogge, várias palavras foram usadas para nomear esta raça antes de chegar ao nome Bulldog.

"The time when screech owls cry and Banddogges howl and spírits walk and ghosts break up their graves"(Significado: "O momento em que grito grito corujas e Banddogges uivar e caminhada espíritos e fantasmas quebrar suas sepulturas"),  foi mencionado por Willian Shakespeare (1564-1616) no ato 1, cena VI da peça teatral Henrique VI.

Mas muito antes de Shakespeare, no reinado de Henrique II, meados do ano 1133, havia o costume de organizar lutas de cães contra touros, e na época de João Sem Terra (João I de Inglaterra) a primeira notícia certa é registrada no Survey of Stamford que narra como, sob o reinado de João Sem Terra, no ano de 1209, o Senhor da cidade, Lord Stamford passeando pelas muralhas de seu castelo viu  dois touros lutando pela posse de uma fêmea. Os cães de um açougueiro do local precipitam-se sobre um dos touros, seguiram-no pelas ruas do povoado e o abateram após uma luta feroz.
Lord Stamford gostou tanto do espetáculo que fez a doação do campo aonde havia se iniciado a luta para o Grêmio (Sindicato) dos Açougueiros, desde que, como condição, a cada ano no dia antes das seis semanas que precedem o Natal, o Sindicato fizesse realizar alí um combate similar ao que observara. Denominado por BULL-BAITING, esses combates entre os cães dos açougueiros e os touros furiosos se tornaram muito famosos e populares na Inglaterra.No auge da popularidade este esporte, no qual se apostavam vultosas somas de dinheiro, teve árduos defensores, tanto da nobreza como entre os deserdados. Espalharam-se arenas destinadas para este espetáculo, cujos os vestígios existem até hoje na Inglaterra.


 
Anos de seleção para ferocidade e coragem tornaram o bulldog um animal obsessivo por luta e sangue. O touro era amarrado pelos chifres por uma corda de 23 metros de extensão a uma estaca no centro de uma arena em forma de círculo e defendia-se com os chifres tentando cornear o abdome do cão, que desenvolveu a tática de rastejar para proteger-se dessas investidas. Muitos Bulldogs atingidos eram lançados para o alto e, os Bullots (os donos dos cães) amorteciam a queda com seus aventais de couros (típicos dos açougueiros) ou utilizavam estacas de bambu para fazer o cão rolar em segurança até o chão, pois mesmo feridos e em alguns casos com as vísceras expostas, estes cães retornavam para a luta, afinal havia apostas em jogo. Os Bulldogs foram os cães mais adequados para a luta pois, além de tenacidade e uma extrema ferocidade, eram possuidores de uma incrível resistência à dor, além disso o ataque era dirigido para o focinho do Touro, ao qual mantinha preso até que a besta, ensangüentada e exaurida pelas vãs tentativas de livrar-se do cão, caía subjugada.


Os Bulldogs, naquela época, apresentavam um focinho mediano, mas nunca um focinho comprido, e já apresentavam a cabeça globulosa em virtude da descendência dos Mastins Asiáticos. Comparado com outras raças, os Bulldogs apresentavam tipicidade distinta e especial, possuindo algumas características muito particulares. Sua técnica de ataque e destemor nas lutas, fizeram com que ele ganhasse domínio e fama neste cenário, tornou-se a raça absoluta e exclusiva para a prática deste esporte, que conquistou ilustres personagens da Nobreza Inglesa : Os Reis: Jaime I, Ricardo III e Carlos I.
A Rainha Isabel I que era apaixonada pelo Bull Baiting, proporcionava este espetáculo como parte dos entretenimentos das recepções oferecidas aos Embaixadores e Monarcas dos Reinos vizinhos. Em 1795 na cidade de Liverpool realizaram um espetáculo de Bull Baiting num dique seco e quando acabou a luta abriram as compotas de água fazendo submergir todos: vencedores e vencidos. Com o passar dos séculos, buscou-se potencializar cada vez mais o físico e o temperamento destes cães, de formas a melhorar o desempenho nas lutas, isto acarretou uma progressiva mutação física, que resultou por fixar geneticamente anomalias que tornaram o cão mais adequado para o Bull Baiting. Patas tornaram-se curtas para rastejar melhor e assim poder esquivar-se com mais eficiência dos chifres, um recuo acentuado do focinho proporcionou um aumento do prognatismo, o que resultou numa mandíbula poderosa, um mecanismo para morder cuja a força e poder o próprio cão desconhecia.


As dobras das rugas, ao redor das narinas, facilitavam o escorrimento do sangue do touro, de modo a não impedir a respiração por obstrução. O cão podia manter-se preso ao touro por muito tempo e permanecer respirando sem dificuldades. Os mais resistentes à dor, os mais destemidos e ferozes, eram separados seletivamente para a reprodução. Gerações e gerações foram acentuando o perfil de um cão que ganhou, nos quatro cantos do mundo, a fama de ferocidade inigualável. Esta seleção permitiu obter, através dos séculos , um cão com características físicas e psíquicas excepcionais. Se obteve um cão de força extraordinária em relação ao seu tamanho. No Bull Baiting que se viu durante os séculos, um cão por vez enfrentava ao Touro e a aposta girava em torno do tempo que o cão levaria para abater o adversário. Mas, isto foi sendo modificado com o passar do tempo. Se em séculos mais remotos o cão deveria enfrentar e abater o adversário no menor tempo possível , depois, o número de Bulldogs na luta foi sendo aumentado e as apostas, que sempre acompanhavam os Bull Baiting, se faziam agora sobre qual seria o primeiro Bulldog a que lograria o êxito de morder a cabeça do touro e manter-se firmemente preso à ela.

 
Com a evolução do pensamento e refinamento da civilização, tornaram-se os Ingleses conscientes da carnificina injustificável que este esporte representava, o que não era mais admissível nestes novos tempos, passando a configurar como uma exposição de barbárie. Após muita polêmica e debates, a oposição se fez tão forte que, em 1835 se chegou a promulgação de uma lei na qual todos os combates entre animais foram proibidos.
 
A raça ficou nas mãos de bandidos, dos indivíduos marginais e mal intencionados, que promoviam e mantinham as rinhas na clandestinidade. Paralelamente os autênticos amantes e entusiastas começaram a selecionar a raça para resgatá-la deste triste quadro. A raça não era remunerativamente interessante, o amor por ela e por este patrimônio genético que estava para se perder, sob o risco de extinção, motivou esta reação. As subsequentes décadas foram utilizadas, agora para promover o caminho inverso na seleção do temperamento, um ser extremamente perigoso preparado para lutas deveria despir as vestes da ferocidade e ficar livre da má fama da malignidade. Os verdadeiros amantes da raça iniciaram um paciente trabalho de triagem para a seleção dos cães, que apresentassem um temperamento equilibrado, dócil e seguro. E através da seleção destes espécimens, realizou-se o aprimoramento do temperamento, que utilizava a herança genética como meio de transmitir e fixar aos descendentes o bom temperamento. Tornando-se a raça segura e adequada ao convívio civilizado.
Neste empenho, foram impedidos para a reprodução, todos os cães agressivos, neuróticos ou inconstantes. Estes foram sistematicamente rejeitados em favor dos exemplares seguramente de boa índole.
O temperamento do Bulldog foi sendo gradativamente re-moldado, até o surgimento do atual indivíduo, propício para conviver na sociedade sem oferecer a mínima possibilidade de riscos. Foram muitos anos de dedicação calcados sobre um trabalho admirável e idealista.

domingo, 29 de abril de 2012

Um amigo perguntou à Chico Xavier qual o animal

mais evoluído espiritualmente e dele anotou a

resposta:
– É o cão. O cão desperta muito amor e é modelo de fidelidade. As pessoas que amam e cultivam a convivência com os animais, especialmente os cães, se observarem com atenção, verificarão que os vários espécimes são portadores de qualidades que consideramos quase humanas, raiando pela prudência, paciência, disciplina, obediência, sensibilidade, inteligência, improvisação, espírito de serviço, vigilância e sede de carinho, infundindo-nos a idéia de que, quanto mais perto se encontram das criaturas humanas, mais se lhes assemelham, preparando-se para o estágio mais próximo da hierarquia espiritual.
Segundo o iluminado Espírito Emmanuel os animais são nossos parentes próximos, com sua linguagem, seus afetos e sua inteligência rudimentar.

Chico Xavier respondendo a uma pergunta sobre os animais, disse:

- Nossos benfeitores espirituais nos esclarecem que é preciso que todos nós consideremos que os animais diversos, a nos rodearem a existência de seres humanos em evolução no planeta Terra, são nossos irmãos menores, desenvolvendo em si mesmos o próprio princípio inteligente.
                                                                                                
Se nós, seres humanos já alcançamos os domínios da inteligência desenvolvendo agora as potências intuitivas, eles, os animais, estão aperfeiçoando paulatinamente seus instintos na busca da inteligência da mesma maneira que nós humanos aspiramos alcançar algum dia a angelitude na Vida Maior, personificada em nosso mestre o Senhor Jesus, eles, os animais aspiram ser num futuro distante homens e mulheres inteligentes e livres. Assim sendo, nós podemos nos considerar como irmãos mais velhos e mais experimentados dos animais.
Deus outorgou aos homens a condição e proteção de nossos irmãos mais novos, os animais.

E o que é que esta humanidade tem agido em relação aos animais nos inúmeros séculos de nossa história?

Porventura nós, os homens, não temos nos transformado em algozes dos animais ao invés de seus protetores fiéis? Quem ignora que a vaca sofre imensamente a caminho do matadouro? Quem duvida que minutos antes do golpe fatal os bovinos derramam lágrimas de angústia? Não temos treinado determinadas raças de cães exaustivamente para o morticínio e os ataques? Que dizermos das caçadas impiedosas de aves e animais silvestres unicamente por prazer esportivo? Que dizermos das devastações inconseqüentes do meio ambiente?


Tudo isto se resume em graves responsabilidades para os seres humanos. A angústia, o medo e o ódio que provocamos nos animais lhes alteram o equilíbrio natural de seus princípios espirituais.

A responsabilidade maior recairá sempre nos desvios de nós mesmos, que não soubemos guiar os animais no caminho do Amor e do Progresso, seguindo a Verdade de Deus.

Os cães são o nosso elo com o paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde, é voltar ao Éden onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz.